Profissionais da Folha podem utilizar aplicações de inteligência artificial (IA) em seu trabalho. A ferramenta não substitui o julgamento humano nem exime o jornalista de responsabilidade pelo resultado final, mas, se bem empregada, oferece diversas oportunidades para aumentar a eficiência da Redação, desde a concepção de uma pauta até a apresentação final da apuração, passando pela escrita de mensagens para fontes e pela coleta e/ou análise de grandes volumes de dados, entre outras possibilidades.
A revisão humana é recomendável em qualquer uma dessas situações e é obrigatória nos conteúdos voltados à publicação, sejam eles parciais ou integrais. Espera-se, com isso, evitar as chamadas alucinações (erros factuais), plágios e vieses. Exceções a essa regra só podem ser autorizadas pela Secretaria de Redação, que levará em conta o tipo de conteúdo a ser publicado e o grau de precisão da ferramenta utilizada, bem como suas limitações, eventuais preconceitos e questões relativas a direitos autorais, entre outros fatores.
No caso de imagens, a inteligência artificial pode ser utilizada apenas para ilustrações. Conteúdos produzidos por IA e que imitem fotografias não podem ser publicados pela Folha, a menos que o fotorrealismo em si seja objeto da notícia. Nesse caso, a autoria da imagem deve ser informada com destaque.
A Direção de Redação estimula os profissionais da Folha a utilizarem a IA para automatizar tarefas repetitivas, sejam elas voltadas ao público ou não, de forma que os jornalistas tenham mais tempo para dedicar a apurações de fôlego. É recomendável realizar análises frequentes sobre o desempenho das automações.