A Folha não admite que seus profissionais pratiquem ato ilegal, antiético ou desonesto para obter informações. Não adote nenhum procedimento que não possa ser revelado ao leitor na publicação da reportagem.
- Identifique-se como jornalista sempre. A omissão é admitida em condições excepcionais: quando houver risco à segurança do profissional ou quando a notícia, considerada de notório interesse público, não puder ser obtida de outra maneira. Em situações desse tipo, sempre consulte a Direção de Redação e, na publicação, explique ao leitor como foi feita a reportagem. Quando sua identidade for questionada durante a apuração, não minta -salvo em caso de risco à própria segurança.
- Nos casos de avaliação de serviços, porém, o anonimato profissional é recomendável. Ao avaliar um restaurante, por exemplo, é conveniente ficar anônimo para não obter atendimento especial.
- Em condições excepcionalíssimas e após aprovação da Direção de Redação, autores de reportagens consideradas de notório interesse público podem recorrer a métodos inusuais para investigar uma prática ou situação condenável.
Por exemplo: embarcar em voo de carreira com estilete na bolsa para testar a fiscalização ou requisitar RG em vários estados para avaliar o sistema brasileiro de identificação. Na publicação, descreva o procedimento adotado.
- Não configura ato ilegal gravar ou filmar sem conhecimento dos interlocutores e divulgar conversas de que o repórter tenha participado. No entanto, respeite a vontade do interlocutor que pedir para não ser gravado ou fotografado.
Por outro lado, salvo nos casos de investigação autorizada judicialmente, gravar conversas entre terceiros é crime.
Informação obtida a partir de gravação não autorizada só deve ser publicada se houver interesse público evidente e após consulta à Direção de Redação.
- Se a fonte da reportagem for um documento sigiloso, esclareça o que for possível sobre sua origem, para que o leitor possa formar juízo acerca do grau de confiabilidade da informação.
- O jornalista não deve reproduzir material informativo de assessorias de imprensa ou departamentos de comunicação, por mais confiáveis e profissionais que pareçam. Trate os dados como informação a ser checada e retrabalhada.
- Recomenda-se que, no exercício da profissão, o jornalista da Folha se comporte e se vista de modo a não destoar do ambiente de atuação e das fontes com as quais se encontra