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Funcionários usam gruas para checar mercadorias no depósito da Receita Federal em São Paulo

Funcionários usam gruas para checar mercadorias no depósito da Receita Federal em São Paulo (Eduardo Knapp/Folhapress)

A escalada do contrabando

Comércio ilegal sofistica sua logística e se expande prejudicando a indústria, os cofres públicos, o bolso e até a saúde do consumidor

Capítulo 2
Fronteiras abertas

Paraguai diz sofrer mais que Brasil com desvios

Segundo embaixada paraguaia, contrabando de produtos brasileiros para o país causa 'grandes prejuízos' aos empresários locais

Marcelo Toledo Bruno Santos
CIUDAD DEL ESTE

A Embaixada do Paraguai no Brasil informou, por meio de nota, que o
contrabando
é uma questão de grande preocupação para o país e que considera uma responsabilidade compartilhada com os países vizinhos.

Especialmente em se tratando de Brasil, "levando em conta a ampla fronteira seca entre os dois países", diz trecho da nota.

Ainda conforme a embaixada, o Paraguai também sofre as consequências do contrabando de produtos brasileiros para o seu território, como frangos, cerveja, tomate e açúcar, "causando grandes prejuízos ao setor empresarial paraguaio".

E ressalta que o impacto desse crime "é maior na economia paraguaia, se comparado ao Brasil".

"Da mesma forma, reconhecemos que é o poder de cada país proteger suas fronteiras e controlar o acesso ao seu mercado. Também destacamos que os centros de consumo do Brasil estão a várias centenas de quilômetros da fronteira com o Paraguai, onde existem numerosos postos de controle desde a fronteira até os centros de consumo", diz a nota.

A embaixada ainda informou que o contrabando deve ser abordado em uma estrutura de cooperação e que há um trabalho permanente entre as autoridades de ambos os países, especialmente em cooperação judicial.