Capítulo 6
Romênia

Descaracterizado, Brasil vence após bom começo seguido de susto

Decisão de Zagallo de poupar Gerson e Rivellino faz com que seleção sinta perda de entrosamento e criatividade contra romenos

Luís Curro
São Paulo

Quarta-feira, 10 de junho.

Diante da Romênia, o Brasil precisava ganhar ou empatar para assegurar o primeiro lugar do Grupo 3.

Desse modo, continuaria em Guadalajara. Do contrário, teria de se deslocar para Leon.

Havia na seleção a certeza de que a classificação estava garantida, porém, pelo regulamento, havia chance, mesmo que improvável, de ser eliminada do Mundial no México.

Para que isso acontecesse, a Romênia teria de ganhar por três gols de diferença e a Inglaterra, que jogaria no dia seguinte, superar a Tchecoslováquia por dois gols de vantagem.

Com Gerson (coxa) e Rivellino (tornozelo) com pequenas lesões, Zagallo decidiu poupá-los, e a seleção entrou em campo modificada, com Piazza no meio-campo e Fontana na quarta zaga. Paulo Cézar Caju permaneceu no time.

Essas mudanças fizeram o Brasil perder entrosamento e ter um meio de campo menos criativo, com uma dupla de volantes [Piazza e Clodoaldo]. "O time perdeu a estrutura tática ofensiva, de toque de bola", afirma Tostão.

O ótimo início —dois gols antes da metade do primeiro tempo— serviu para dar a folga necessária para administrar a reação romena.

Para Carlos Alberto, em nenhum momento receou-se pelo pior. "Sem querer menosprezar o adversário, nós tínhamos uma confiança muito grande de que ganharíamos."

A vitória aconteceu, mesmo com placar apertado (3 a 2), e a seleção assegurou a permanência na cidade. "Guadalajara, àquela altura, era a nossa casa. Era como se nós estivéssemos no Brasil", declarou Piazza.





Carlos Alberto




Os primeiros 25 minutos do jogo foram de uma beleza extraordinária






A questão dos desfalques... O Gerson, desde o jogo com a Inglaterra, quando não jogou, tinha sentido um problema muscular. O Rivellino, o Zagallo preferiu também deixar fora por um problema pequeno [no tornozelo].

Olhando pra frente, é melhor deixar o cara de fora hoje do que durante toda a Copa do Mundo. Então foi uma escolha que o Zagallo fez, deixar o Rivellino de fora.

E aí o Zagallo fez uma mudança. Aproveitou, primeiro, que o time já estava classificado... Porém sempre pensando no primeiro lugar, porque nós não podíamos perder aquele jogo pra não perder a posição de primeiro no nosso grupo por causa da Inglaterra, por causa daquele detalhe de jogar com a Alemanha na altitude.

Então ele colocou o Fontana de quarto-zagueiro, que era a posição dele, e deslocou o Piazza para o meio de campo. E o time, evidentemente, mesmo com a qualidade dos jogadores, iria sentir um pouco, principalmente em relação ao desentrosamento.

Porque você pega um time que vem atuando junto, aí, de repente, você perde dois ou três jogadores e faz algumas mudanças de posicionamento com outros, esse time pode sentir.

Porém o que aconteceu é que, e eu lembro perfeitamente dos primeiros minutos daquele jogo, 15, talvez 20 minutos, foram talvez os melhores da nossa seleção naquela Copa do Mundo. O time jogou maravilhosamente bem.

Aí fizemos uma vantagem [Pelé, de falta] e teve o gol do Jair logo em seguida, numa jogada do Paulo Cézar que, pô, quase que o cara [defensor romeno] quebrou as cadeiras.

Até aquele momento, parece que estou vendo como se fosse hoje, o time teve uma atuação realmente maravilhosa. Fizemos 2 a 0 e acredito que houve uma acomodação natural. Um time que está ganhando de 2 a 0, com a força que o nosso time tinha, a confiança que o nosso time tinha, é normal pensar: "Pô, fizemos 2 a 0, os caras não vão virar pra cima de mim".

Mas eles tinham um time bom também. A seleção da Romênia tinha jogadores muito bons. E eles ameaçaram, deram sustos, parece que fizeram um e ficou 2 a 1, aí nós fizemos três, o Pelé após uma cobrança de escanteio. Eu bati o escanteio pro Jairzinho, e o Jairzinho fez o cruzamento. O Tostão ajeitou, e o Pelé entrou e fez o gol.

Era muita confiança que o time tinha. Sem querer menosprezar o adversário, mas nós tínhamos uma confiança muito grande de que ganharíamos o jogo e, pelos gols que o time ia fazendo, nós tínhamos mais certeza de que iríamos ganhar o jogo, mesmo depois de eles fazerem o segundo gol.

E os primeiros minutos do jogo foram muito bons. Quem assistir ao videoteipe daquele jogo hoje, os primeiros 20, 25 minutos foram de uma beleza extraordinária.

O que o nosso time estava jogando, a inspiração do Paulo Cézar, que era um jogador maravilhoso... Pô, o cara jogava demais. Jogou muito. E aí o time teve a tranquilidade pra ir levando o jogo até o final com a vantagem.





Gerson




Todo mundo estava calmo, porque sabia da nossa força







O Fontana e o Joel eram os quartos-zagueiros, e eles se machucaram no Rio.

Como o Piazza já vinha jogando há um ano no Cruzeiro de quarto-zagueiro, porque o Zé Carlos, excepcional jogador também, jogava no meio do campo com o Dirceu Lopes, também outro excepcional jogador, então o Zagallo pegou o Piazza, botou o Piazza pro meio do campo, porque ele sabia jogar no meio do campo também, e botou o Fontana de quarto-zagueiro, tá certo?

Bom... O time reagiu a isso? Não, era o mesmo time. Isso já tinha sido treinado, todo mundo sabia a função de cada um.

Ah, mas isso não alterou...? Não alterou em nada! Porque o Fontana era um grande jogador, como o Joel também, na quarta zaga. O Joel era o zagueiro do Santos, naquele time do Santos. E o Fontana, o do Vasco, excelente também. E o Piazza era do Cruzeiro, sabendo jogar no meio do campo e na quarta zaga.

Então não alterou em nada. Continuou a mesma coisa, o time foi o mesmo, o time jogou bem toda a vida, sem problema nenhum, tá certo? Agora, com essa incumbência de ganhar pra sair em primeiro lugar na chave. Era negócio? Era negócio.

Agora, isso também a gente discutia. Bom, tudo bem, nós vamos pro jogo. Se nós perdermos, qual é o problema? Nenhum. Porque quem tá no jogo é pra perder, ganhar, empatar. Fora disso você não tem resultado, tá certo?

Muito bem. Nós temos time pra ganhar? Temos. Nós vamos ganhar? Vamos. Agora, se perdermos, não tem problema nenhum.

Porque, quando você entra numa Copa do Mundo, você não escolhe adversário, cara. O adversário é no sorteio, não é? Você tá no sorteio, o que cair pra você... Você tem que estar preparado pra todo mundo.

Se nós tivéssemos que enfrentar a Alemanha... Pô, a Alemanha! Enfrentamos a Inglaterra e ganhamos, qual é o problema? Que era um bicho-papão tanto quanto a Alemanha. Como nós éramos, também, pra eles, ué. Como o Uruguai era bicho-papão também.

E, se a gente quer ganhar a Copa do Mundo, nós temos que passar por isso tudo, seja com que time for. Nós tínhamos um time, um elenco. Esses que estão do lado de fora esperando estão mais bem preparados que a gente. Porque tão querendo jogo, e nós já tamos no jogo. Pra nós é mais fácil, pra eles não. Então, isso tudo tava no contexto.

Houve falha nossa de marcação, de posicionamento [nos gols romenos], o que também estava no contexto, naturalmente. Agora, não foi jogada trabalhada por eles, foi uma jogada comum e uma falha nossa.

E nós discutíamos isso, sempre, quando terminava o jogo. E quem falhou dizia: "Não, realmente, não tinha nada que ir lá. Eu tinha que dar uma trombada no cara e não dei. Cheguei atrasado".

Tava tudo dentro dos planos. Esse bate-papo não era cobrando: "Por que você não fez isso?". Não era isso, era posicionamento e tal: "O que é que aconteceu? Ó aí o lance". E o cara: "É, realmente eu falhei, cheguei atrasado". Não era cobrando do cara, mas sim alertando o cara pra uma próxima. Era isso.

Assisti mais calmo ao jogo. Todo mundo estava calmo, porque a gente sabia da nossa força. Nós sabíamos do time que tínhamos. Nós tínhamos o jogo dominado. E ganhamos o jogo.





Clodoaldo




Houve talvez um exagero da autoconfiança que colocou em risco o resultado







Eu joguei contra a Romênia como segundo volante, e o Brasil teve algumas dificuldades nesse jogo. A Romênia tinha um grande time, conseguiu fazer dois gols na nossa seleção.

Eu estava atuando na meia, depois eu senti que a defesa pedia um pouco mais a minha presença, pois estava acostumada comigo mais enfiado ali, no meio dos beques.

Mesmo o Piazza ficando ali, não estava compondo [bem o setor] como vinha acontecendo nos outros jogos. E houve essa mudança aí, só nesse jogo.
Embora a Romênia tivesse uma grande equipe, nós tivemos, assim, o domínio do jogo. Mas nesse jogo houve talvez um exagero da autoconfiança que permitiu um momento em que a Romênia colocasse em risco o resultado.

Foi 3 a 2. Abrimos 3 a 1, depois eles fizeram o segundo gol, não sei se eu estava ainda jogando, porque o Zagallo me poupou no finalzinho do jogo. Foi o único jogo em que eu não joguei os 90 minutos.

Saí jogando na meia direita, com o Piazza e com o Paulo Cézar [completando o meio de campo]. Joguei uma partida boa, tive uma boa participação jogando fora das minhas características. Saí um pouco à frente, sei que tentei chutar um pouco a gol, quase que faço um gol.

Coisa rara eu sair, deixar ali a defesa e atacar. Eu tinha muito medo de perder uma bola. E aí?

Ninguém corre mais que a bola. Isso eu sempre falei: você tem que estar sempre na frente dela. A bola vai sempre chegar primeiro, então era uma regra minha estar sempre atrás da linha da bola.

Então, eu lembro que contra a Romênia, quando eu saí um pouco mais pro jogo, passei a atuar um pouco à frente da linha da bola e senti que o time sentiu essa minha ausência ali na frente dos zagueiros.

O Piazza jogou bem, mas a defesa, composta com o Fontana, que não estava habituado a jogar ali com o Brito... Então o time sentiu bem essa mudança tática do Zagallo.

Vi que fez falta a minha presença dentro da [área brasileira], porque eu jogava enfiado no meio dos zagueiros, entre o Brito e o Piazza. E nesse jogo eu deixei o Piazza ali com o Fontana e o Brito e vi que estava havendo uma dificuldade no sistema defensivo.

Então eles começaram a pedir para que eu voltasse mais, ficasse mais fixo na defesa com o Piazza. Isso aconteceu em determinado momento do jogo.

Depois eu fui substituído, saí, não lembro qual o tempo de jogo, não sei se já estava 3 a 2 ou 3 a 1. É horrível ficar de fora porque, se você não tá jogando... Não me recordo se eu fiquei no banco, porque acho que não podia ficar no banco, então acho que eu desci para o vestiário e não vi os momentos finais do jogo, eu não tive essa emoção...

Eu não lembro se eu assisti, se era permitido ou não. Acredito que não. Então, não vivi esses últimos minutos de Brasil e Romênia, os minutos finais.

O Zagallo sentiu que eu já tava cansado... O calor que fazia no México... Isso permitia que você tivesse um desgaste ainda maior. Quando os jogos eram ao meio-dia, o calor de 40°C, 37°C, 38°C era normal.

E o Brasil ganhou um jogo que aparentemente estava fácil, mas em algum momento começou a ter algumas dificuldades porque a estrutura do time foi muito mexida, com o Fontana na zaga, a saída do Piazza pra volante.

Então, com isso tudo, o time estranha o posicionamento. O cara está acostumado a jogar lá perto do goleiro, de repente está jogando na frente dos zagueiros, aí começa a sair mais e, quando olha, vê que tem um espaço entre ele e o zagueiro.

Eu já tava acostumado, eu sentia, percebia que quando eu dava um ou dois passos à frente, a mais, eu sabia que tinha que voltar. De repente, o jogador que está acostumado a jogar como quarto-zagueiro, que era o Piazza, ele sai e não percebe.

Aí a defesa começa a sentir o confronto mano a mano. Isso é um problema. Quando você tem o atacante mano a mano com o defensor é um perigo, quando não existe um primeiro combate pra aliviar um segundo combate da zaga.

Daí eu comecei a voltar um pouquinho pra evitar isso. O Brasil teve alguma dificuldade, sim. A Romênia era um time de boa qualidade, de bom passe, um time muito bem preparado fisicamente. Foi um jogo que aparentemente pareceu fácil e de repente ficou difícil, pelo resultado de 3 a 2.

Esse foi o jogo com a Romênia. O Brasil teve bons momentos, mas era uma equipe que foi alterada muito taticamente.





Tostão




Sem Gerson e Rivellino, o time caía demais, mas mesmo assim houve domínio







No jogo contra a Romênia não jogaram nem o Gerson nem o Rivellino. Aí descaracterizou o grande time. Mas mesmo assim o time jogou o suficiente pra ganhar bem o jogo. O Paulo Cézar jogou muito, jogava muito o Paulo Cézar pela esquerda.

Mas aí já ficaram o Clodoaldo e o Piazza no meio-campo. Muda muito. Contra a Inglaterra não mudou tanto porque tinha o Rivellino. Se contra a Inglaterra o Brasil não tivesse Gerson nem Rivellino, a perda seria muito pior.

Esse jogo, eu acho que o Brasil não ganhou de mais por causa dos desfalques. Sem Gerson e Rivellino, o time caía demais. Mesmo assim houve um domínio do jogo, do Brasil. Acho que tava 3 a 1, aquele jogo 3 a 1, meio fácil, porque o Brasil não apertou. Aí eles fizeram 3 a 2, mas o Brasil não correu risco.

Com Clodoaldo e Piazza no meio-campo, a equipe caiu muito. Porque os dois eram volantes. Na época, isso não existia. Então foi uma improvisação que não foi tão ruim porque era contra a Romênia. Se fosse contra a Inglaterra...

Eram Clodoaldo e Gerson. Ou Clodoaldo e Rivellino. Agora, Clodoaldo e Piazza era uma coisa que saía do script. Foi improvisação porque não tinha mais ninguém, não tinha outro [para jogar no meio].

O que o Zagallo poderia ter feito nesse jogo e que não fez, e que provavelmente seria muito melhor, era ter colocado o Paulo Cézar e botado o Edu. O Paulo Cézar no meio, no lugar do Gerson.

Eu tenho certeza de por que o Zagallo não fez isso. Porque o Zagallo não gostava do Edu de ponta-esquerda. O Edu jogava no Santos de ponta mesmo, driblando, só atacando, atacando.

E pro Zagallo era questão de honra: tinha que ter três marcando no meio-campo: Clodoaldo, Gerson e Rivellino. O adversário pegava a bola, os três tinham que estar marcando. Os três. Não podia estar um lá na frente, tinha que ter três.

A não ser num contra-ataque. Você vai num ataque, o time perde a bola, o outro vem rápido, aí tudo bem. Fora isso, tinha que ter três no meio-campo.

Ele treinava isso todo dia, ele brigava todo dia, tinha que ter três, não podia ter dois. Se o Rivellino fosse para a frente, o Pelé tinha que ocupar o terceiro [lugar no meio], ou eu ocupar o terceiro, ou o Jairzinho. Um de nós três tinha que ser o terceiro homem de marcação se o Rivellino fosse e perdesse a bola, se o Gerson fosse e perdesse a bola.

Então ele fazia questão absoluta, e com razão. Com uma linha de três você não dá chance pro adversário entrar na defesa, assim, toda hora. Time que fica só com dois no meio-campo marcando, o adversário entra pelos lados toda hora com a bola, livre. Foi por isso que ele não botou o Edu.

Talvez pro jogo contra a Romênia, como era um jogo mais fácil, podia ter o Edu e o Paulo Cézar. O time, ofensivamente, estaria muito mais forte, poderia ganhar com mais facilidade.

Aí ele botou os dois [Clodoaldo e Piazza], mais o Paulo Cézar. Só que os dois não passavam do meio de campo. Eram volantes mesmo. Então o time perdeu a estrutura tática ofensiva, de toque de bola. E não tinha mais ninguém [para colocar]. O Zagallo dispensou Zé Carlos e Dirceu Lopes, que eram dois cracaços. Dispensou os dois e convocou Dario e Roberto.

Como o Dario não ficou nem no banco em nenhum jogo, nem sentou no banco, porque não podiam ficar os 22, então, se ele tivesse levado o Zé Carlos ou o Dirceu Lopes e não tivesse levado o Dario, ele teria um jogador de meio-campo armador e habilidoso pra entrar no lugar do Gerson ou do Rivellino. Mas como ele não levou, levou dois centroavantes, acabaram os dois ficando sem função, porque eu que fui o centroavante e não precisava ter dois reservas.

Eu tive dois reservas e ficou faltando gente no meio-campo. Nesse jogo com a Romênia fez falta. Vamos supor que acontecesse de o Gerson ou o Rivellino se machucar e não poder jogar o resto da Copa. O time ia cair demais e não seria o mesmo time de jeito nenhum.





Piazza




Foi um jogo que surpreendeu, não só porque o meio de campo não funcionou







Eu falo que você tem que ganhar não com o time. Você ganha com o grupo.

Contra a Inglaterra o Gerson não jogou e contra a Romênia nós tivemos dois desfalques fortes, que foram o Gerson e o Rivellino. Tanto que foi o primeiro momento em que fizemos um meio de campo comigo indo pra minha função de origem, que era médio-volante, o Clodoaldo jogando de meia e o Paulo Cézar fazendo o terceiro homem de meio-campo.

Foi um jogo em que a Romênia... Ela não tinha aquela expressão no futebol, mas era da Europa. E o pior era o seguinte: tinha uns jogadores que eram muito técnicos. E realmente surpreendeu. Nós chegamos a fazer 3 a 1, mas eles fizeram 3 a 2 e foi um jogo que eles podiam até ter empatado.

Criamos mais situações de gol, tivemos mais volume de jogo, não tenha dúvida. Mas foi um jogo que surpreendeu, não só porque o meio de campo não funcionou, porque na defesa o Piazza saiu pro meio... O time fez uma partida ótima, mas não fez aquela coisa extraordinária contra a Romênia.

É aquele negócio também, acho que a filosofia do time da Romênia, que tinha um ataque muito bom, com muitos jogadores tecnicamente muito bons, então tinha aquele tipo de filosofia: quem pode mais engole o outro.

Eu acho que eles encararam o Brasil mais ou menos assim: "Nós somos bons. Não temos boa defesa, mas temos bom ataque. O Brasil também. Pode não ter boa defesa, mas tem bom ataque". Então é aquele negócio: pode ser 4 a 4, pode ser 5 a 3...

Contra a Romênia foi mais ou menos assim. Foi o primeiro momento em que nós tomamos dois gols.