Capítulo 7
Peru

Brasil supera tensão e elimina velho conhecido em jogo de seis gols

Treinada por Didi, seleção peruana até tenta jogar de igual para igual, mas sua frágil defesa sucumbe ao forte ataque brasileiro

Luís Curro
São Paulo

Domingo, 14 de junho.

Estádio Jalisco. Jogo eliminatório.

"Na primeira fase ainda tem uma chance de sobrevivência, de ser o segundo colocado, continuar na Copa e ser campeão. Depois, no mata-mata, é fogo. O mata-mata, se você tá naquele dia em que nada dá certo..."

As palavras de Piazza sintetizam a sensação de, em uma partida infeliz, um time superior ao rival poder dar adeus à competição.

"A tensão aumenta", reforça Tostão, para quem, contudo, o fato de o adversário das quartas de final ser o Peru, que ficou em segundo no grupo que tinha Alemanha Ocidental, Bulgária e Marrocos, foi favorável ao Brasil.

"Nós sentimos que tínhamos mais chance do que contra uma Itália, uma Alemanha, um time forte da Europa."

O lateral direito e capitão da seleção brasileira, Carlos Alberto Torres, prepara-se para cruzar a bola na partida contra a equipe do Peru
O lateral direito e capitão da seleção brasileira, Carlos Alberto Torres, prepara-se para cruzar a bola na partida contra a equipe do Peru - Fotoarena

Treinado por Waldir Pereira, o Didi, meia campeão com o Brasil nas Copas de 1958 (Suécia) e 1962 (Chile), o Peru avançou à Copa do México ao superar a Argentina nas eliminatórias.

"Era complicado porque o Didi também conhecia a gente", disse Gerson. "Mas a nossa seleção era melhor. Eles não tinham um Pelé, um Rivellino, um Tostão. Nós tínhamos."

Nessa partida, esse trio resolveu. Tostão marcou dois gols (seus únicos no Mundial de 1970), Rivellino fez um gol e acumulou duas assistências, e Pelé, "discreto", deu o passe para o terceiro gol da seleção.

Assim, em um jogo aberto em Guadalajara, de seis gols, com os ataques levando vantagem sobre as defesas, o Brasil mostrou novamente superioridade e eliminou da Copa a melhor geração da história peruana.





Carlos Alberto




O Peru era um grande time, principalmente com a direção do Didi


Quando nós fomos jogar contra o Peru, o nosso respeito, acima de tudo, era pelo Didi [brasileiro, treinador da seleção peruana]. O fato de o Didi ter colocado o Peru na Copa do Mundo. O fato de ele ter descoberto, e colocado pra jogar, jogadores como Perico León, Gallardo, Cubillas, Mifflin. Eles tinham um time, do meio-campo pra frente, que era muito bom. Já a defesa não era boa, o goleiro...

Nós fomos pro jogo sabendo que nós tínhamos que ter cuidado com o pessoal do ataque deles, principalmente o Cubillas, aquele Baylon, um cara forte, o Perico León e o Gallardo, que era... Eu lembro que no primeiro gol ele conseguiu levar lá no fundo, ele meteu a bola e foi, e eu não consegui evitar o cruzamento, saiu o primeiro gol deles. Era uma preocupação natural.

Agora, nós sentíamos também a evolução do nosso time. Então, no futebol, é normal: quando o time está bem, tem qualidade, a cada jogo vai ganhando confiança, as coisas vão dando certo, todo mundo tendo confiança de fazer a jogada individual. Isso só acontece quando o time está bem.

Nós respeitávamos todos os adversários, porém não tínhamos medo de nenhum, de jogar contra quem quer que fosse. Foi o caso do Peru. Nós sabíamos que o time deles era muito bom, mas nós entramos confiantes de que nós tínhamos todas as condições de ganhar, como acabou acontecendo.

Os nossos gols, nós conseguimos explorando a fragilidade deles. O primeiro gol, o Rivellino chegou de trás, o Tostão ajeitou pra ele. O segundo teve aquela jogada do escanteio, o Rivellino meteu a bola, o Tostão entrou e da linha de fundo fez o gol. A bola bateu na linha da pequena área e encobriu o goleiro.

E depois teve o gol do Jairzinho, que o Rivellino meteu a bola, uma jogada que, contra uma defesa muito bem posicionada, não acontece. Aí o Jairzinho pegou, foi, driblou e fez. Fora aquele gol do Tostão, jogada do Pelé, também pela meia. Um time muito bem posicionado não toma um gol como aquele.

Porém o nosso time... A gente tem que reconhecer que a capacidade individual dos jogadores dificultava muito a marcação do adversário. Porque é difícil você marcar um Jairzinho em forma. O Pelé, mais do que ninguém. O Tostão se movimentava e deixava os negos doidos.

Mas o Peru era um grande time, principalmente com a direção do Didi. O Didi conhecia o nosso time, os nossos jogadores. Nós soubemos superar as dificuldades que tivemos, que não foram muitas, mas o time soube se comportar bem, controlou o jogo e por isso ganhou bem, 4 a 2.





Gerson




O goleiro deles era ruim, eles mesmos reclamavam, e o miolo de área era fraco




Fomos pras quartas de final, e todos já estavam adaptados ao clima, todos adaptados ao esquema, às variações do esquema. Nós conhecíamos o treinador do Peru, conhecíamos o time: Perico León, Cubillas, Mifflin, Baylon.

Agora, era complicado porque o Didi também conhecia a gente, tá certo? Mas a nossa seleção era melhor. Indiscutivelmente, a nossa seleção era melhor. Eles não tinham um Pelé, um Rivellino, um Tostão. Eles não tinham isso, nós tínhamos, então essa era a nossa força.

Então, nós discutíamos, "como é que é, como é que não é", tínhamos os filmes deles: "Esse pega aqui, o outro pega ali, o Cubillas é muito inteligente". Porque era o mais inteligente dali. "Tem que pegar ele." E fomos discutindo isso, e mais nada.

Não tinha que alterar nada. Nossa seleção era a nossa seleção, e acabou o problema. A preocupação tinha que ser deles, e não nossa, porque a nossa equipe era melhor. A seleção brasileira era melhor, ele [Didi] que tem que se preocupar, não eu, tá certo? Acabou o problema, eu vou pra dentro. E foi o que aconteceu. Eu voltei [de contusão] e fomos pro jogo.

Não foi fácil. Foi relativamente fácil, porque o time deles jogava também, não era um time de marcar homem a homem. Era um time que marcava, mas deixava jogar. Era marcado e jogava também. Pronto. Foi um jogo aberto. Não foi um jogo fechado, retranca e não sei mais o quê.

Nós entramos pra jogar o nosso jogo, e eles entraram pra jogar o jogo deles. Porque o Didi não era retranqueiro, como o Zagallo também não era retranqueiro. Nosso time se fechava, mas saía pro jogo. E o time deles também, a mesma coisa. Grandes jogadores de meio-campo, grandes jogadores de ataque, e nós também.

Só que o goleiro deles [Rubiños] era ruim, o goleiro deles não era bom. Eles mesmos reclamavam do goleiro deles. E a defesa deles, o meio de área deles, o miolo de área deles, era fraco, não era bom. E era nossa força aí. Ali era a mina da gente, e foi por ali que nós fomos. Nós sabíamos da fragilidade deles ali, porque tínhamos visto os jogos deles.





Clodoaldo




O Peru jogou de igual pra igual, não teve preocupação com a marcação, não




A gente sabia que o Peru tinha um grande time, além de ter um brasileiro no comando [Didi]. Isso, logicamente, fazia com que o adversário tivesse o conhecimento sobre a seleção do Brasil.

Sendo brasileiro ou não o técnico, a preocupação com um time que tem Jairzinho, Tostão, Gerson, Pelé e Rivellino, pô, o cara vai ter que se preocupar com os cinco. E é duro você conseguir montar um esquema pra marcar cinco jogadores desse nível.

Isso é uma coisa que, nos tempos de hoje, seria quase impossível. Por mais que você diminuísse o campo de ação, de repente um chute do Rivellino, um cabeceio do Pelé, uma jogada do Tostão, um lançamento... Então, é difícil.

O Peru jogou de igual pra igual com o Brasil, não teve essa preocupação com a marcação, não. Deu trabalho, foi 4 a 2 o jogo, foi a única seleção, junto com a da Romênia, que marcou dois gols na nossa seleção.

Mas o único jogo em que eu senti que o Brasil esteve ameaçado foi o contra a Inglaterra. Em todos os jogos, todos, todos eles, desde o primeiro até o último, tirando o da Inglaterra, o Brasil sempre teve o comando das ações dentro de campo, o adversário esteve sempre no nosso domínio.

Porque isso é importante. Se você tem o jogo sob seu domínio, você comanda as ações, sabe que pode ganhar. Quando você percebe que o adversário é que tá comandando, é que tá mandando no jogo, você sofre uma pressão e sabe que pode perder. Isso é uma coisa natural do futebol, isso é o abecê do futebol.

Você pode até sofrer uma pressão de um time inferior, você se defender, ter aquela pressão e depois arriscar um contra-ataque e ganhar o jogo. Isso pode acontecer, mas a regra do jogo... Quando se trata de forças do futebol, de duas seleções ou de duas grandes equipes, você tem que ter o comando do jogo.

Tivemos o comando diante do Peru. O jogo com o Peru não teve risco para o Brasil. O único jogo em que nós tivemos risco, realmente, foi contra a Inglaterra. Nesse nós tivemos risco. Então, o Peru foi mais um jogo dessa natureza, não houve a grande preocupação de que o Peru pudesse ganhar, embora tenha feito dois gols no Brasil.

Foi um jogo em que nós tomamos dois gols, um numa jogada de linha de fundo que pegou o Félix meio de contrapé, o outro acho que foi da entrada da área. Às vezes a gente não tá muito bem posicionado e sai um chute meio que de linha de fundo e pega você de surpresa.

Mas era difícil entrar pela frente da nossa zaga, com o Gerson muito bem posicionado ao meu lado, o Rivellino voltando... A gente funcionava, assim, tipo um leque, como a gente chamava: depende do setor, do lado, a gente defendia, dava o primeiro combate, o segundo, o terceiro.

A gente tinha sempre um posicionamento, e hoje a gente vê os times jogando dessa forma ainda, o chamado 4-4-2, ocupando todos os espaços do campo. Era assim a seleção do Zagallo.

E hoje, sempre que escuto alguém falar do sistema de jogo, o sistema de jogo do Zagallo é praticado muito no futebol do Brasil e da Europa. A seleção serviu muito de modelo, com esse sistema que o Zagallo usou em 1970.





Tostão




Pela dinâmica do jogo, era pro Brasil dar uma goleada, fazer seis, sete gols contra um, dois



Quando chega o jogo mata-mata, muda um pouco. A tensão aumenta. É o medo de perder e não ter mais chance de recuperar. Quando você tá na primeira fase, mesmo na estreia, tem sempre aquela coisa: se não der certo hoje, ainda dá tempo de recuperar. E no mata-mata não dá. Então, a tensão aumenta.

O fato de enfrentar o Peru foi bom. Nós sentimos que tínhamos mais chance contra o Peru do que contra, vamos supor, uma Itália, uma Alemanha, um time forte da Europa.

O Peru tinha o Didi, que era o técnico e um fator que teoricamente podia ajudar muito. E ajudou, porque o Didi foi um grande técnico para o Peru.

Mas a maneira de jogar do Peru, que era bem ofensiva, era um time que se destacava pelo ataque, pelas jogadas ofensivas, isso dava pra gente a sensação de que teria mais chance, mais facilidade de fazer gol. Porque eles não tinham uma boa defesa, não tinham um bom goleiro.

E o jogo foi mais ou menos isso. Foi 4 a 2 o placar disso tudo, podia ser 6 a 3. Tivemos muita facilidade no ataque, e o Peru também criou chances de gol. Era um time que tocava muito bem a bola, o Didi fazia muita questão disso. Um futebol de toque, alegre, ofensivo.

Esse jogo foi o jogo em que eu fiz os dois gols [meus na Copa]. Não quer dizer que eu joguei melhor do que eu joguei nos outros jogos. Em quase todos os jogos, eu tive um lance em que podia ter feito o gol, mas aconteceu nesse jogo. Uma questão de chance, de oportunidade.

Eu corri por trás do zagueiro [no primeiro gol]. Apareceu a jogada, eu entrei pela esquerda e, meio sem ângulo, fiz o gol. Saiu na hora, nunca tínhamos treinado aquela jogada.

Uma coisa que o futebol mudou, e mudou pra melhor, é isso: hoje há muito mais jogadas treinadas, lances treinados, principalmente de bola parada, muito mais do que na época da Copa de 1970.

Na época, o treinamento era muito tático. Isso com a seleção, porque fora da seleção brasileira nem isso tinha, o treinamento tático. Por causa do Zagallo, essa seleção teve. Hoje, você vai num treino da seleção brasileira, metade do treino é de jogada ensaiada: bola parada, posicionamento da defesa na bola parada, posicionamento do ataque, muito treinamento de lance isolado. Hoje há muito isso.

No outro gol que eu fiz, o interessante do lance foi que eu bati com a cabeça na trave. Eu pus a mão por cima da orelha, todo mundo até ficou assustado, por causa do problema no olho. Na hora todos os jogadores lembraram do problema, todo mundo fez uma cara de assustado, imagino que o torcedor também.

Foi uma batida ali, só doeu na hora e passou. Mas na hora eu me preocupei também. A pancada não foi forte, mas foi uma pancada que podia dar algum problema.

Eu acho que nesse jogo contra o Peru, se a gente tivesse usado toda a força ofensiva que a gente tinha, era um jogo pra fazer mais gols porque durante o jogo a gente tinha muito espaço pra jogar, era muito espaço. Tem isso em Copa do Mundo e no futebol em geral. Na hora em que a vitória está mais ou menos assegurada, o time diminui o ritmo.

Então, o jogo foi dentro do esperado. Não foi um jogo surpreendente, nada. Mais ou menos o que se esperava antes de o jogo acontecer. Eu acho que foi o jogo mais fácil de ganhar, mais até que da Romênia, mais que contra a Tchecoslováquia, que foi 4 a 1.

Pela dinâmica do jogo, pela história do jogo, como o jogo se desenvolvia, era pro Brasil dar uma goleada, fazer seis, sete gols contra um, dois. E não foi. Chegou a 3 a 2, chegou a correr algum perigo.

Nesse jogo, eu só não fiz [mais] um gol porque o Jairzinho era meio fominha. Além de jogar muito, ele era fominha.

O Jairzinho, no gol que ele fez, entrou driblando pela esquerda e ficou sem ângulo. Tinha um espaço muito pequeno pra ele fazer o gol. E eu sozinho, sem o goleiro, sem nada, era só ele rolar a bola pra mim e eu fazer o gol. E ele fez o mais difícil, que era jogar a bola naquele canto, num espaço pequeno.

Acabou o jogo e eu falei pra ele: "Você tinha que me dar a bola, você fez errado. Se você não faz o gol, eu ia te xingar". Porque ele tinha que me dar a bola, eu estava embaixo do gol, sozinho. [risos]

Fominha. Mais no sentido de que ele não era um jogador que entrava na área e olhava, mapeava tudo como o Pelé, como os grandes craques. Ia driblando e queria fazer o gol, era o estilo dele. Era um fominha mais pelo estilo do que por ganância.





Piazza




Quando você tá grande fisicamente, tá de corpo e de alma, perder é muito difícil




Na primeira fase ainda tem uma chance de sobrevivência, de ser o segundo colocado, continuar na Copa e ser campeão. Mas depois, no mata-mata, é fogo. O mata-mata, se você tá naquele dia infeliz, tá naquele dia que nada deu certo...

Por isso que eu acho que quando você tá grande fisicamente, tá de corpo e de alma, aí pra perder é muito difícil, principalmente conforme os jogadores que você tem.

Eu joguei várias vezes contra o Peru, não só pela seleção brasileira, principalmente com o Cruzeiro, em amistosos, Taça Libertadores etc., mas pra mim esse foi o momento mais forte do futebol peruano. Eram bons principalmente do meio pra frente. Do meio pra trás não eram tanto. Era, mais ou menos, a filosofia do futebol brasileiro.

E com um treinador que tinha sido bicampeão [mundial, em 1958 e em 1962, como jogador] e que conhecia muito bem o futebol brasileiro, inteligente, que era o Didi. E jogo eliminatório.

Aí que eu falo que você tem que estar bem preparado. Você, preparado, já corre o risco de sair. Se você não estiver, aí que você dança mesmo. Não pode vacilar. E a gente vacila, e a gente erra! Por exemplo, o gol do Cubillas, aliás, do Gallardo, foi pela esquerda, num corte em cima do Carlos Alberto. Aquele lance já tava previsto.

Era a época do eslaide, da imagem fixa, que era o trabalho que fazia o Parreira, era o que fazia o Rogério, quando deixou de integrar a lista dos 22 por causa de contusão. Foram assistir aos jogos para servir como olheiros, informantes do Zagallo.

Aí passava lá o jogo do Peru contra a Alemanha, aos tantos minutos tava 0 a 0, o Peru atacando, como é que ficava o setor defensivo, ou vice-versa.

Eram essas as informações que a gente tinha da imagem parada, através do eslaide, que era captada pelo Parreira e pelo Rogério.

E aí, nessa jogada do Gallardo... Primeiro que ele jogou no Palmeiras, a gente sabia que era um jogador rápido, veloz e batia com as duas pernas, sem cair.

Então, vinham falar: "Ó, quando o Gallardo pegar essa bola, tem que chegar logo. Não pode deixar ele dominar e dar tempo de ele pensar. Porque ele corta pra um lado e bate, corta pra dentro e bate com a direita, corta pro lado de fora e bate com a esquerda. Carlos Alberto, você tem que chegar em cima, não pode dar espaço. Se parar na frente dele, você pode dançar".

E ele cortou e bateu, e a bola entrou entre o Félix e o pau direito. Falha do Félix, talvez pudesse ter defendido, eu não sei. Mas a gente já tava prevendo. Era uma jogada que, apesar do eslaide, da imagem congelada, a gente tava prevendo. E bobeamos.

Sem querer tirar mérito do adversário, porque não adianta você prever, e o adversário tem mérito, tem capacidade de imaginar, de criar outras coisas. Mas era previsível e nós erramos nesse ponto. Facilitamos.

O forte do Peru era o ataque, o meio-campo pra frente, tanto que eles fizeram dois gols. Com todo respeito ao Peru, podia ser um 5 a 3, um 6 a 3...

Ganhar do Brasil acho que não, também já era demais, porque eles tinham um setor defensivo bem frágil. O Peru sempre foi isso, do meio pra trás bem frágil. Mas era também muito bom do meio pra frente.

E o Peru não deu resposta diferente pra gente, então os 4 a 2 ficaram bem, confirmando aquela previsão de que o ataque deles era muito forte. O placar mostrou isso.

Não houve temor da seleção brasileira contra o Peru em momento algum, de a gente sentir assim: "Estamos pra perder o jogo". Não. O jogo desenrolou normalmente, com o Peru fazendo os seus gols, mas a gente tinha a consciência de que, se precisasse fazer o quinto, a gente ia buscar.