Implantado pela primeira vez em Curitiba, na década de 1970, o BRT (sigla em inglês para sistema de transporte rápido por ônibus) virou modelo internacional e tem sido cada vez mais estudado por cidades brasileiras.
A premissa básica é destinar vias exclusivas e preferenciais aos ônibus que tenham capacidade de embarque e desembarque rápidos, agilizando as viagens dos passageiros.
Com vias exclusivas, o fluxo dos ônibus não é prejudicado pelo trânsito de carros e motos que disputam espaço.
O modelo é visto como de elevado custo-benefício, já que transporta mais passageiros do que um sistema de ônibus convencional, com custos operacionais menores e com valor de implantação mais baixo do que o de metrô.
O custo de construção de um quilômetro de metrô no Brasil varia de R$ 200 milhões a R$ 500 milhões, enquanto o BRT fica entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões, segundo o Ipea.
O BRT, porém, nem sempre é solução para todas as demandas. Em algumas circunstâncias, um bom sistema de ônibus basta. Em outras, apenas metrôs são capazes de sanar gargalos.
Além disso, o BRT precisa de uma infraestrutura adequada e coordenação entre operadores e responsáveis pela manutenção, o que não tem ocorrido no Brasil.