Capítulo 3
Resultado

Onda de direita toma o país

São Paulo

As eleições de 2018 no Brasil foram marcadas pela onda conservadora, impulsionada pelo capitão reformado Jair Bolsonaro. O deputado federal pelo PSL fluminense será a 42ª pessoa a ocupar a Presidência da República.

Em 12 estados, os candidatos pró-Bolsonaro saíram vencedores, como João Doria (PSDB), em São Paulo, e Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais.

A direita também mostrou força nas disputas para o Congresso. O PSL terá a segunda maior bancada na Câmara de Deputados a partir do ano que vem.

Bolsonaro confirma favoritismo e chega à Presidência

Com 46% dos votos válidos no primeiro turno, realizado em 7 de outubro, Jair Bolsonaro ficou próximo de ganhar a disputa para o Planalto logo na etapa inicial.

No segundo turno, o candidato do PSL confirmou o favoritismo e obteve 55,1% dos votos válidos.

Nos dias que antecederam o pleito, ocorrido em 28 de outubro, os institutos de pesquisa apontaram crescimento de Fernando Haddad. Mas o avanço não foi suficiente: o candidato do PT conquistou 44,8% dos votos válidos.

Sudeste e Sul levam candidato do PSL à vitória

Nos estados de São Paulo e do Rio, Jair Bolsonaro obteve mais do que o dobro de votos válidos de Fernando Haddad. Na capital paulista, o presidente eleito registrou 60,38%, ante 39,62% do petista.

Como havia acontecido no primeiro turno, a votação do capitão reformado em Santa Catarina foi bastante expressiva. Ele ultrapassou a marca de 75% dos votos válidos.

Cidades catarinenses têm maiores vitórias de Bolsonaro

Os três municípios com as maiores votações proporcionais do capitão reformado estão em Santa Catarina. O levantamento considera apenas localidades com mais de 150 mil habitantes.

São eles: Blumenau, Jaraguá do Sul e Joinville, todas com mais de 83% pró-Bolsonaro.

Após disputa apertada, Doria ganha eleição em São Paulo

Ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) venceu a disputa pelo governo paulista por uma margem apertada. O tucano obteve 51,7% ante 48,2% do atual governador, Márcio França (PSB).

Na capital, França conquistou mais votos que o rival. No entanto, o político do PSDB abriu boa vantagem no interior do estado.

Aliados de Bolsonaro dominam governos estaduais

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) terá como aliados a maioria dos governadores nos próximos quatro anos.

Dos 27 novos governadores que tomam posse em 2019, 12 apoiaram o candidato do PSL no primeiro ou no segundo turno das eleições. Entre eles, estão Wilson Witzel (PSC), no Rio, e Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais.

Em relação aos demais, sete declararam-se neutros e oito apoiaram Fernando Haddad (PT).

Os governadores eleitos do Amapá, Pará, Espírito Santo e Tocantins optaram pela neutralidade, mas devem construir pontes com o novo presidente por meio de aliados.

PSL pula de partido nanico a 2ª maior bancada da Câmara

Legenda nanica até a filiação de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2018, o PSL terá a segunda maior bancada na Câmara de Deputados a partir do ano que vem. Serão 52 parlamentares.

Em 2014, o PSL havia eleito apenas 1 deputado federal. Atualmente, são 8.

A maior bancada será a do PT, com 56 eleitos. O partido, no entanto, vai encolher na Câmara. Em 2014, conseguiu eleger 68.

A Câmara verá a maior renovação desde as eleições de 1998. Os deputados reeleitos vão representar menos da metade das cadeiras da casa.

Veja mais informações do resultado do primeiro turno da Câmara de Deputados clicando aqui.

Senado tem a maior fragmentação da história

O pleito de 2018 produziu a maior fragmentação partidária da história do Senado Federal, com representantes de 21 legendas a partir do ano que vem. Atualmente, há integrantes de 17 partidos.

A eleição para o Senado também foi marcada pela derrota de velhos conhecidos da política brasileira, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB).

Ficaram de fora ainda ex-governadores como Roberto Requião (MDB) e Beto Richa (PSDB), ambos do Paraná, Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Cristovam Buarque (PPS), do Distrito Federal.

Em São Paulo, foram eleitos Major Olímpio (PSL) e Mara Gabrilli (PSDB). Ficou de fora Eduardo Suplicy (PT), senador por 24 anos e hoje vereador na cidade de São Paulo.

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