O Ato Institucional nº 5, marco do período mais duro da ditadura militar, entrou em vigor há meio século. Editado em 13 de dezembro de 1968, no governo do marechal Costa e Silva, o AI-5 deixou um saldo de cassações, direitos políticos suspensos, demissões e aposentadorias compulsórias.
O mais radical decreto do regime também abriu caminho para o recrudescimento da repressão, com mortes e desaparecimentos de militantes da esquerda armada.
Passados 50 anos, Folha lança edição especial com levantamento, entrevistas e histórias de vítimas do AI-5.
Índice
AI-5 atingiu pelo menos 1.390 pessoas nos dois primeiros anos
Veja as nove páginas do Ato Institucional nº 5
"Sacrificamos algumas coisas não fundamentais", disse Costa e Silva aos EUA sobre o AI-5
Ditadura cogitou aumento das punições à imprensa
'Brasil perdeu um pedaço da história', diz deputado cassado na 1ª lista do AI-5
'Repressão se tornou muito mais cruel com o AI-5', diz professor torturado em 1969
'Novelas escritas por autores que se opunham à ditadura eram mutiladas', afirma Boni
'Creio que o AI-5 passou para não voltar', diz FHC sobre o decreto de 1968
''Era impossível não tomar partido diante de uma ditadura que oprimia', diz Zuenir Ventura
AI-5 também agradou aos militares moderados, diz historiador
AI-5 acarretou círculo vicioso de violência nunca antes visto no país, diz José Murilo de Carvalho