Só 26% aprovam os prefeitos; população critica mais a saúde
FERNANDO CANZIAN
DE SÃO PAULO
A maioria da população considera apenas regular ou ruim/péssima a qualidade dos serviços prestados pelas prefeituras nas áreas de saúde, educação e saneamento (que compõem o REM-F).
Segundo pesquisa nacional do Datafolha, a área de saúde é a que recebe a pior avaliação: 52% a reprovam.
A taxa é superior à avaliação média dada aos próprios prefeitos, considerados ruins/péssimos por 43%.
Em educação e saneamento, a avaliação é um pouco melhor: um quarto dos pesquisados aprovam o atendimento (ver quadro).
SITUAÇÃO PIORA
Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a situação das áreas básicas de atendimento vem se deteriorando com a diminuição de repasses federais e estaduais às prefeituras, umas das consequências da atual recessão.
Levantamento realizado pela entidade entre 4.708 prefeituras mostra que 60% enfrentam problemas para manter a área de educação. A taxa vai a 80% na saúde.
Já a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) estima que, sem recursos, duas centenas de unidades de saúde construídas nos últimos meses não estejam funcionando.
O secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre, afirma que o ciclo de crescimento até o governo Dilma 1 estimulou os prefeitos a construir novos equipamentos públicos que dependem de despesas de custeio permanentes.
"A crise inviabilizou a abertura ou o funcionamento de muita coisa", diz.