Muito citada, pouco conhecida
Em algum momento entre maio e agosto de 2016, a Revolução Cultural chinesa completa 50 anos. A morte do líder chinês Mao Tse-tung, que a idealizou e conduziu, chega a 40 anos neste 9 de setembro. Durante dez anos, o movimento impulsionado por Mao e sua corte perseguiu dissidentes e a oposição, fechou universidades e baniu tudo o que era considerado um símbolo da burguesia —incluindo flores dos jardins, rejeitadas ainda na gênese do período.
Sem aulas, estudantes foram às ruas em bandos na chamada "guarda vermelha", matando professores e quem mais lhes parecesse anticomunista. Com perseguições e assassinatos aleatórios, a China perdeu uma geração de intelectuais. Nos anos anteriores ao período, com a desorganização que assolou o país —incluindo mudanças na produção industrial e agrária— milhões pereceram nos campos e nas cidades.