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'Volta na quadra'

Professor de artes marciais explora lado zen da Vila Mariana

A região da Vila Mariana e do Campo Belo é o foco deste quarto episódio da websérie "Volta na Quadra", protagonizado pelo professor de artes marciais Fernando Belatto. O vídeo faz parte do especial "Morar", que destaca novas oportunidades de moradia à venda em São Paulo. A primeira parte enfocou as regiões de Perdizes e Sumaré, na zona oeste, a segunda, o centro da cidade, e a terceira, a região da Vila Olímpia/Itaim Bibi.

FAMOSOS CONTAM COMO É VIVER NA REGIÃO DA VILA MARIANA/CAMPO BELO

ROSI CAMPOS, 61, ATRIZ

Bruno Poletti/Folhapress
A atriz Rosi Campos
A atriz Rosi Campos

Estou na Vila Mariana há dez anos, na área de Mirandópolis. É um bairro tranquilo, tem muitas casas e ruas com nomes de flores. Depois das 20h não passa ninguém na rua, nem ônibus. É um interior dentro da capital.

Não dirijo, ando muito de metrô e a pé. Como aqui é plano e moro perto da estação Praça da Árvore, fica fácil.

Só gostaria que o teatro João Caetano recebesse mais moradores da região. É um teatro importante, com programação regular, mas as pessoas não costumam ir lá.

Não trocaria por outro bairro em São Paulo. Só se fosse para ir morar numa mansão em algum lugar.

GREGÓRIO GRAZIOSI, 31, CINEASTA

Nasci na Vila Mariana. Hoje moro em um apartamento, mas antes vivia em uma casa muito perto da Cinemateca e escapava para lá cinco minutos antes de começar a sessão. Acho que isso me incentivou a virar cineasta.

Conheço várias salas de cinema pelo mundo, mas aquela ainda é minha preferida.

Se você pensar em cultura e museus, você não pensa de cara na Vila Mariana. Mas acho que é um dois bairros com a vida cultural mais legal: tem o Museu Lasar Segall, que é uma espécie de oásis, parece que você saiu da cidade. Outra escapada imperdível é a Casa Modernista. Sou apaixonado pelo bairro.

CARLO CAREQA, 51, CANTOR E COMPOSITOR

Greg Salibian/Folhapress
O cantor e compositor Carlos Careqa
O cantor e compositor Carlos Careqa

Moro na Aclimação há 20 anos. Antes não conhecia o bairro, foi o destino mesmo: eu e um amigo procurávamos um lugar para morar e acabamos aqui. Agora vivo em uma casinha de vila, bem perto do parque da Aclimação.

Não quero ser bairrista, mas sabe quando você se dá bem com o bairro? O que mais me encanta é o isolamento. Aqui é meu retiro. Talvez se estivesse em Pompeia ou Pinheiros, como a maioria dos artistas, seria tumultuado para mim. Lá você fica o tempo todo envolvido na cidade.

Não pretendo sair daqui, me apaixonei pelo bairro e por suas facilidades.

YUGO MABE, 60, ARTISTA PLÁSTICO

Julia Moraes/Folhapress
O artista plástico Yugo Mabe
O artista plástico Yugo Mabe

Minha família mora no Jabaquara desde 1957. Quando chegamos, eu era um bebê.

Lembro que no Sítio da Ressaca existia um lago com uma nascente. Quando criança, ia lá pescar. Com o passar dos anos aquilo virou um lixão, hoje é uma praça.

Sou da época em que existia o Cine Maringá. Ele foi derrubado quando alargaram a avenida Jabaquara.

Vi muitas mudanças acontecerem no bairro. Na década de 1970 chegou o metrô, a região se expandiu muito. Hoje tudo ficou mais fácil.

Nunca pensei em sair do bairro, ter que me adaptar a outro ritmo. Gosto daqui.