Transporte

Projetos de transporte serão feitos e até ampliados, mas com atraso

ÍTALO NOGUEIRA
DO RIO

O Rio corre contra o tempo para entregar obras no sistema de transportes público para a Olimpíada. Apesar do atraso, os compromissos de legado para a cidade serão cumpridos, tendo sido até ampliados.

Diferentemente da despoluição de lagoas e da baía de Guanabara, os três corredores de ônibus –chamados de BRTs– e a linha 4 do metrô eram essenciais para a operação dos Jogos.

Isso explica em parte o motivo pelo qual estão em execução. O COI (Comitê Olímpico Internacional) sempre cobrou mais de perto a conclusão destas obras.

À época da candidatura, o setor de transporte era o que mais preocupava, por ser essencial para o deslocamento dos torcedores pela cidade –o uso de carros não é recomendado na Olimpíada.

O BRT Transcarioca foi entregue antes da Copa do Mundo. Ainda em obras, o município afirma que entregará a Transolímpica, ainda que incompleta, para os Jogos. O trecho da Transoeste essencial aos Jogos também será entregue em julho, afirma o município.

O dossiê de candidatura previa a extensão do metrô de Ipanema até a Gávea, de onde sairia um BRT em direção ao Parque Olímpico.

O governo decidiu, ao invés disso, estender o metrô até o Jardim Oceânico, início da Barra da Tijuca, de onde partirá o corredor de ônibus até o Parque Olímpico.

A linha 4 do metrô começa a operar, segundo o governo, em 1º de agosto –a quatro dias da abertura dos Jogos e sem tempo para todos os testes inicialmente previstos.

O sistema forma o que à época da candidatura chamou-se de "anel de transporte de alta capacidade", a fim de mostrar ao COI uma solução para o trânsito caótico da cidade. A taxa de passageiros que usam sistema vai subir de 19% para 62%, segundo a prefeitura.