Publicidade
Notícias

Penha tem histórias e clima típicos do interior

Zanone Fraissat/Folhapress

GABRIEL JARETA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No topo de uma colina, a basílica de Nossa Senhora da Penha de França guarda as origens da Penha, bairro em que as ruas conservam um clima de cidade interiorana.

No altar da basílica, inaugurada em 1967, está a imagem de Nossa Senhora da Penha, talhada em madeira -provavelmente vinda de Portugal, no século 17. "Foi ao redor dela que o bairro cresceu", diz o monsenhor Carlos de Souza Calazans, 80, há quatro décadas na paróquia.

Conta a lenda que um viajante francês ia de São Paulo ao Rio e parou para dormir. Ao retomar a viagem, percebeu que a imagem que levava não estava com ele, mas no alto da colina. Ele foi buscá-la, mas a imagem voltou a sumir e aparecer. O "sinal" teria motivado o francês a construir uma capela.

"Essa história é só uma fábula", diz o monsenhor. Segundo ele, a provável origem remonta a dois irmãos religiosos, donos de uma fazenda na região por volta de 1680. A capela deu lugar ao santuário Nossa Senhora da Penha. O produtor gráfico Antonio Carlos Batista, 63, mora ali desde criança e diz que "respira" a Penha. "Tudo o que a gente precisa está perto."

Um dos atrativos é o Parque Linear Tiquatiral, às margens do rio Tiquatira. "Os moradores têm muito cuidado com ele", conta Batista.

A aposentada Ana Chihiro Nishimura Abreu, 85, mora na Penha há mais de 30 anos. Mesmo com mais trânsito e lojas do que no passado, ela destaca a tranquilidade do bairro: "Nem tem muita história de ladrão por aqui".