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Fronteira com a zona leste, Ipiranga atrai famílias e renova estrutura

Bruno Santos/Folhapress

BÁRBARA LIBÓRIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, o Ipiranga é cada vez mais procurado por incorporadoras e compradores, atraídos pela proximidade de bairros nobres da zona sul e pelo fácil acesso a regiões como o ABC paulista e a zona leste.

A inauguração da estação de metrô Alto do Ipiranga, em 2007, acelerou o processo de renovação do bairro.

"No mercado imobiliário, acontece o que chamamos de irradiação. O Ipiranga fica próximo a bairros mais caros, como Paraíso e Vila Mariana, em que o metro quadrado custa em torno de R$ 11 mil. Se você se afasta um pouco, encontra o metro quadrado por R$ 7.000 no Ipiranga", explica Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (sindicato que representa o mercado imobiliário).

Igor Freire, diretor de vendas da imobiliária Lello, conta que o bairro ainda está se estruturando para receber tantos novos empreendimentos. "Em cinco anos, houve um boom imobiliário."

"Casas antigas e terrenos desocupados deram lugar a lançamentos de médio e alto padrão. Junto com esse movimento, vieram lojas, serviços e opções de lazer", diz Renata Lima, gerente de marketing e vendas da Benx Incorporadora, que tem três empreendimentos na região.

TRADIÇÃO

Outra peculiaridade do Ipiranga, segundo Petrucci, é a tradição. "A família que mora lá é aquela em que os filhos estudam no bairro ou em algum lugar próximo. São famílias que cresceram ali." A região também atrai moradores do ABC e de outros distritos próximos à Anchieta, segundo Petrucci.

Entre os empreendimentos que têm unidades disponíveis por lá, a absoluta maioria (18 de 20) possui até três quartos. Apenas dois, de altíssimo padrão, têm apartamentos com quatro dormitórios. Um deles, de 173 m², custa R$ 2 milhões.

"O Ipiranga é um bairro em que predominam as plantas de dois dormitórios. Dos 2.800 apartamentos lançados desde 2010, 1.600 têm esse perfil", explica Petrucci.

Segundo o economista do Secovi-SP, a região ainda tem fôlego para atrair novos lançamentos, principalmente por ter muitos terrenos disponíveis, "como parques fabris e galpões".