Melhorias no sistema de saúde podem custar pouco
Uma rede de números grandiosos –32 milhões de consultas ao ano, 898 unidades de atendimento– merece tratamento à altura.
Por quatro semanas, os dez trainees do 4º Programa de Treinamento em Jornalismo de Ciência e Saúde da Folha foram atrás de informações sobre o sistema municipal de saúde de São Paulo. Encontraram os problemas, as melhorias já em curso e sugestões para que o próximo prefeito melhore o atendimento.
Após ouvirem 34 especialistas na área da saúde e 13 funcionários da prefeitura, constataram que alguns avanços podem ser feitos quase sem aumento de gastos.
É o caso da distribuição de remédios. A gestão Fernando Haddad (PT) já implementou sistema on-line que informa se há medicação em determinada unidade de saúde, o que evitaria viagens desnecessárias dos pacientes. Mas o uso da ferramenta ainda é pequeno. Bastam pequenos ajustes no programa e ampliar a divulgação do serviço.
O parto humanizado também poderia ser mais disseminado na rede pública se as gestantes pudessem escolher por quais procedimentos gostariam de passar (estouro artificial da bolsa? medicação?). Essa liberdade é uma das principais características do parto humanizado. E não custa nada.
Outras melhorias requerem mais recursos, como expansão das unidades de apoio à saúde mental ou contratação de médicos.
A seguir, conheça cinco desafios na área da saúde em uma das maiores redes públicas do país.