Matemático-prodígio já fazia descobertas científicas nas brincadeiras
RICARDO BUNDUKY
DE SÃO PAULO
Ganhador da maior honraria científica para o Brasil, a medalha Fields, o matemático Artur Avila, 36, já frequentava creche com um ano e oito meses.
Da primeira escola, lembra-se de colocar "os pés na terra" ao lado de "tartaruguinhas". Quieto, passava o resto do dia no apartamento, no Rio, sob cuidados de parentes, porque os pais trabalhavam fora.
Mais tarde, um computador primitivo e o videogame se tornariam as atrações. O pai, conta ele, o levava à banca para comprar fascículos sobre astronomia.
Fanático por carrinhos (hoje nem dirige), diz ter percebido numa brincadeira que a "ordem circular" permitia que ele ficasse em 1º lugar mesmo largando atrás: era só esperar os outros carrinhos completarem a volta.