Marcelo Tas, o professor Tibúrcio, aprendeu a ler com placa de caminhão
RICARDO BUNDUKY
DE SÃO PAULO
O apresentador teve seu tempo de espectador: pequeno, assistia ao avô, "negão de olhos azuis", matar bois numa fazenda em Ituverava, interior de SP. Mais difícil, conta, quando a vez era a do porco, "porque ele grita". O cabrito ficava quietinho, mas "descia uma lágrima".
Numa vila povoada pela família, viveu uma fase explosiva com a "gangue dos primos".
A rua era dos meninos quando a noite caía: hora do pique-latinha (tipo de esconde-esconde envolvendo o arremesso do objeto metálico), cuja lembrança traz o som da lata pingando na calçada.
A avó, "da cor de leite", tinha jeito para estrangular as galinhas. "Era como se desse um 'eject'". Diz que aprendeu a ler no "chiqueirinho" de um Fusca -espaço feito para levar as malas. Em voz alta, leu placas de sinalização e para-choques de caminhões ao olhar a estrada se afastar pela janela, para espanto dos pais.