Ídolo do futebol brasileiro, Rivellino fez primeiros gols nas ruas do Brooklin
RICARDO BUNDUKY
DE SÃO PAULO
A versão mirim do craque e campeão da Copa de 1970 já era destaque no futebol de rua do Brooklin, bairro onde cresceu Roberto Rivellino, 69, "reizinho do parque", um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro.
Nos anos 40, as bolas eram feitas de couro e a meta era passá-las no vão entre duas latas. "Precisava ter qualidade. Eram cinco para lá, cinco para cá, e o pau comia".
Naquela São Paulo, era comum ter galinheiro e pés de frutas no quintal das casas. "Tinha um caqui enorme, dava para quatro pessoas."
Mesmo se a bola ficasse encostada (vez ou outra sobrava um "dedão estourado"), a rua continuava a ser o palco: as opções eram correr atrás de balões ou empinar papagaio.
Companheiro, o pai, Nicola, não tinha sossego: vez ou outra achava casacos sem botões. O filho os usara no futebol de mesa.