Todo mundo foi neném

Fã de MBP desde criança, Washington Olivetto já cantava com dez meses

Arquivo Pessoal e Adriano Vizoni/Folhapress
O publicitário Washington Olivetto, com um ano de idade, e hoje

RICARDO BUNDUKY
DE SÃO PAULO

A comunicação entrou cedo na vida do publicitário Washington Olivetto, 63, que, segundo conta, começou a falar quando tinha dez meses. "Curiosamente, uma das minhas primeiras manifestações foi cantar" –especificamente, o "baião Kalu".

Sua "forte relação com a música" foi construída também nos bailes infantis de Carnaval, badalados nos anos 50, nos quais ia fantasiado de pirata ou de toureiro. "Lembro de cor todas as marchinhas daquela época".

A música popular brasileira, que considera o seu "radar social", não foi a única coisa que aprendeu logo. Começou a ler com cinco anos graças a uma febre que o tirou da casa dos pais –eles tinham receio de que fosse poliomelite, o que colocaria sob risco a outra filha, prestes a nascer.

Morando na casa da tia, viveu uma espécie de escola "full time", com ela e a avó o estimulando a pegar nos livros. "Isso mudou totalmente a minha vida, porque quando você aprende a ler, começa a ganhar prazer pela escrita."

Fanático pelo Corinthians, deve ao tio a iniciação ao "corinthianismo": aos dois anos, ganhou dele uma roupinha do então goleiro, Gilmar.

Lembra-se que o pai, pouco ligado em futebol, era craque nas atividades que exigiam "habilidade manual", como consertar peças de carro. Tentava ensiná-lo, mas sem sucesso. "Eu tentava, mas jamais consegui, por exemplo, fazer um aeromodelo".