VILA OLÍMPICA

Restaurante do evento é páreo para o 'Guiness'

Foto de estrutura na Vila dos Atletas Julio Cesar Guimaraes/UOL
Vila dos Atletas, no Rio de Janeiro

Em uma tenda de 27 mil metros quadrados está em funcionamento um restaurante com capacidade para atender até 5.000 clientes ao mesmo tempo. A estrutura foi montada dentro da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, para fornecer as refeições a competidores, dirigentes e integrantes das delegações durante a Olimpíada.

Chamado de Main Dining (refeitório principal, em tradução livre do inglês), o local recém-inaugurado se aproxima da estrutura do Damascus Gate, em Damasco, na Síria, que comporta 6.000 clientes, considerado o maior restaurante do mundo, segundo o Guinness World Records.

A cozinha ocupa uma área de 9.000 metros quadrados. É nesse local que 2.200 funcionários trabalharão para preparar as 60 mil refeições que serão servidas ao longo dos 17 dias de Olimpíada.

O cardápio foi montado seguindo as recomendações do Comitê Olímpico Internacional, em um processo que levou seis meses e teve 30 versões diferentes até chegar ao menu definitivo.

Foi preciso combinar o paladar das diferentes culturas dos participantes de 206 países com as necessidades nutricionais de cada modalidade esportiva.Voltado para atletas, o bufê tem opções light como moqueca de peixe sem azeite de dendê, feijoada de legumes, em substituição às carne salgadas, e coxinha de galinha assada em vez de frita.

Uma das preocupações foi com a qualidade dos produtos, além de se certificar de que nada que entre na cozinha pode ter sido contaminado, propositalmente ou não. Os fornecedores passam por processo rígido de controle, que envolve certificação até de entidades religiosas —caso das estações de comida kosher, tradicional da cultura judaica, e halal, de países muçulmanos.

Segundo o diretor de Alimentos e Bebidas da Rio-2016, Marcello Cordeiro, muitos frigoríficos utilizam um hormônio chamado clembuterol para engordar os animais. "O consumo dessa carne por um atleta acusa no doping e ele pode ser desclassificado. Por isso o controle rígido", disse. Todos os alimentos são produzidos no Brasil, à exceção do kimchi, fermentado picante de acelga importado da Coreia do Sul. (AM)