VILA OLÍMPICA

Após boom, rede hoteleira teme a queda de ocupação após Olimpíada

Foto da fachada do Hotel Hilton na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro Lívia Forte/Divulgação
Fachada do novo hotel Hilton Barra, na zona oeste do Rio

Com expectativa de receber até meio milhão de turistas durante os Jogos, o Rio de Janeiro tornou-se palco de um investimento bilionário na expansão da rede hoteleira da cidade.

De 2009, quando a capital foi eleita cidade-sede para as competições, até 2015, foram investidos R$ 10 bilhões no setor, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ).

Nesse período, o número de acomodações pulou de 29 mil para 50 mil, sendo que só no ano passado 15 mil novos quartos entraram em operação. Até a abertura da Olimpíada, em 5 de agosto, serão 56 mil acomodações.

O maior crescimento da rede aconteceu na Barra da Tijuca e no Recreio, zona oeste do Rio, por causa da proximidade com o Parque Olímpico.

Segundo a ABIH-RJ, desde 2010, 46 empreendimentos hoteleiros (somando 9.685 novas acomodações) receberam o "habite-se".

A ABIH-RJ considera ainda a criação de vagas em meios de hospedagem alternativos, como albergues, pousadas e apart-hotéis.

O aumento da oferta de acomodações traz o desafio de mantê-las ocupadas após a Olimpíada. Atualmente, a taxa de ocupação nos hotéis cariocas está em 48%, segundo Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ.

A expectativa é que, até o fim deste mês, esse índice passe para 80% e chegue a 98% no início dos Jogos. Mas o número cai pela metade durante os Jogos Paraolímpicos (7 a 18 de setembro), período que hoje registra uma taxa de ocupação de 50%.

"O nosso esforço é levantar esse número para 75%. Estamos trabalhando com hotéis e companhias aéreas para fazer promoções, além de dar publicidade aos Jogos Paraolímpicos", diz Lopes.