THIAGO AMÂNCIO
AVENER PRADO
ENVIADOS ESPECIAIS A CATALÃO (GO)

O governo de Goiás atribui a multiplicação de homicídios na cidade à instalação de organizações criminosas na divisa com Minas Gerais.

"São quadrilhas especializadas, disputas entre gangues por controle de tráfico de drogas e de regiões, conflitos interpessoais etc", afirma a SSP (Secretaria de Segurança Pública), em nota.

A pasta diz que investe em um parque tecnológico "voltado à atuação da inteligência e da análise criminal, para dar suporte à operacionalidade das forças policiais" e que "grande quantitativo de armas e drogas foi apreendido e quadrilhas perigosas estão sendo desarticuladas".

Por isso, diz a Secretaria de Segurança Pública, caíram os índices de criminalidade no Estado em áreas consideradas prioritárias, entre janeiro e novembro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado: homicídios (queda de 13%), latrocínios (39%), estupros (11%), além de roubos, furtos e tentativas de homicídios.

"Desta forma reduções expressivas vêm sendo alcançadas, e serão intensificadas especificamente em Catalão."

Em setembro, diz a pasta, 2.500 policiais militares foram empossados e serão colocados nas ruas de todo o Estado quando concluírem o treinamento na Academia da PM. No último dia 1º, 27 novos policiais formados foram designados para atuar em Catalão, diz a SSP, e outros 64 em formação farão ainda parte do efetivo local.

A crise no sistema penitenciário, segundo o governo, "é um problema de amplitude nacional". O Estado inaugurará cinco novos presídios "construídos dentro das normas internacionais, que vão gerar 1.750 novas vagas".

O governo afirma ainda que investiu, em 2016, 13,8% de seu orçamento em segurança pública, e cita o fato de liderar um pacto interestadual para reduzir a violência, que inclui AM, BA, CE, DF, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PR, PI, RN RO, RR, SC e TO.

De acordo com Jean Carlos Arruda, que comanda a delegacia regional da cidade, o índice de elucidação de homicídios em Catalão está em 75% neste ano, e as mortes em 2017 devem ficar num número menor que no ano passado. Até o dia 1º, foram 23 casos.

	Avener Prado/Folhapress
	Catalão (GO); o número de assassinatos explodiu desde 2014