SANDRO MACEDO
TATIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ao vencer o GP do México, Lewis Hamilton, 31, alcançou 51 vitórias na carreira igualando a marca do francês Alain Prost –e atrás apenas do alemão Michael Schumacher com incríveis 91 triunfos.

Mas se existe um circuito que é uma pedra no sapato Oxford do piloto inglês é Interlagos, justamente onde o campeonato pode ser decidido a favor de Nico Rosberg.

Todas as pistas com corridas regulares desde que Hamilton começou a carreira na F-1, em 2007, já viram o piloto inglês no lugar mais alto do pódio, exceto Interlagos.

Hamilton também nunca venceu na França, mas o circuito de Magny-Cours saiu do calendário em 2008, ou seja, foram só duas tentativas para o tricampeão.

O GP da Europa também nunca rendeu um troféu de primeiro lugar ao piloto. Neste caso, trata-se de uma corrida sem pista fixa (desde 2007 já foi disputada em Valencia, na Espanha, e em Nurburgring, na Alemanha). E também ficou ausente em três temporadas (de 2013 a 2015).

Já em Interlagos, com corrida todo ano desde a estreia de Hamilton, o inglês não conseguiu vencer. E olha que foi no circuito de São Paulo que ele conquistou seu primeiro título, em 2008. Na ocasião, o piloto, à época na McLaren, terminou apenas em quinto lugar, no limite para não perder o campeonato para Felipe Massa, da Ferrari.

Para piorar, Hamilton enfrenta um rival que o superou no GP Brasil quando os dois estiveram em condições de igualdade. Nos três anos em que foram parceiros de Mercedes, Rosberg terminou a corrida na frente.

Em 2013, quando a Red Bull dominava o campeonato, Rosberg foi o quinto colocado, enquanto Hamilton ficou apenas com a nona posição.

Nos dois anos seguintes, já com supremacia da Mercedes, o piloto alemão conquistou duas vitórias, com o inglês logo atrás, em segundo. Se esse resultado se repetir neste domingo (13), o título fica com Rosberg a uma prova do fim.

E para ninguém pensar que trata-se apenas de um desempenho abaixo da média de Hamilton, Rosberg também teve retrospecto positivo quando seu colega era ninguém menos que Michael Schumacher.

Nos três anos em que os alemães formaram a parceria da Mercedes, Rosberg ficou na frente em duas oportunidades. Só em 2012 o heptacampeão conseguiu cruzar a linha de chegada antes do companheiro: sétimo contra um 12º.

CONSTRUTORES

Uma pequena disputa ainda marca o Mundial de Construtores. Com os três primeiros lugares já definidos na temporada para Mercedes, Red Bull e Ferrari, respectivamente, o quarto lugar reserva uma briga entre Force India e Williams. Em quinto, a equipe do brasileiro Felipe Massa soma 136 pontos e precisa tirar nove de desvantagem para a Force India.