Futuro

Felipe Massa dá adeus à F-1 em meio a jejum brasileiro e fim de ciclo

Paulo Whitaker - 13.nov.2016/Reuters

FÁBIO ALEIXO
PAULO ROBERTO CONDE
DE SÃO PAULO

Ao se alinhar no próximo domingo (12) para a disputa do 14º e último GP Brasil de sua carreira, Felipe Massa, 36, mais uma vez estará solitário na missão de acabar com dois incômodos jejuns.

Desde setembro de 2009, os fãs brasileiros não veem um representante vencer na categoria. E, desde 2008, não podem comemorar um triunfo em casa, com o próprio Massa, à época na Ferrari.

A seca é a segunda maior do país em toda a história do GP Brasil. O hiato só é menor que o registrado entre provas de 1994 e 2005, de 12 edições.

Coube a Massa também o último pódio de um representante nacional, no GP da Itália de 2015, em Monza.

A depender do rendimento da Williams em 2017, é praticamente certo que o jejum aumentará: a escuderia obteve só um pódio no ano, com Lance Stroll, no GP do Azerbaijão, um terceiro lugar.

Com o adeus de Massa, em 2018 o Brasil não deve contar com nenhum representante na categoria pela primeira vez desde 1969 –é improvável que algum piloto consiga um acerto de última hora.

Um gostinho amargo da falta de representatividade já foi sentido em junho.

Após Massa ter um mal-estar depois do treino classificatório para o GP da Hungria, o país não viu nenhum piloto no grid de largada em um GP depois de 35 anos.

Em 1982, Nelson Piquet corria pela Brabham, mas não pôde participar da prova em San Marino por causa de uma desclassificação na corrida anterior, no Brasil.

Como alento, o Brasil tem a certeza de que a F-1 virá ao país ao menos até 2020, quando termina o contrato de Interlagos com a categoria.