O comércio pela internet entrou na rotina dos brasileiros. Dados do SPC Brasil mostram que 85% dos consumidores afirmam que os melhores preços são os das lojas virtuais. Mas até para quem prefere sair de casa a internet é útil: 90% das pessoas ouvidas pelo levantamento preferem pesquisar preços virtualmente antes de ir às compras.

Tanta praticidade não quer dizer que os consumidores estejam livres de eventuais dores de cabeça. Para evitar uma má experiência, é preciso tomar uma série de cuidados.

Busque informações sobre a loja virtual. Além do CNPJ (que pode ser conferido no site da Receita Federal) e números do telefone do SAC, procure saber se a loja possui um endereço físico. Informações sobre a empresa também podem ser encontradas em sites como o Reclame Aqui, em que consumidores relatam suas experiências com lojas on-line.

Tenha cuidados de segurança. Uma das medidas mais importantes na hora da compra é conferir se a página de pagamentos da loja possui HTTPS (um protocolo de segurança) e criptografia. Para isso, na hora de pagar, veja se aparece um cadeado fechado no lado direito da barra de endereços. Tenha um bom antivírus e um "firewall" instalados e atualizados.

Conheça as garantias legais existentes após o pagamento. Guarde a documentação com a data prevista da entrega, que pode servir como prova caso o prazo seja descumprido. Você pode exigir a devolução do dinheiro pago, com juros e correção monetária, por meio de uma reclamação escrita. Caso perceba que o produto veio diferente do que tinha sido ofertado, avise à empresa na entrega. Se descobrir o problema depois, escreva à empresa, que terá 30 dias para substituição. Nesse caso, você ainda pode se recusar a ficar com a mercadoria.

Em casos de produtos defeituosos, o prazo para reclamação é de 30 dias para não-duráveis e de 90 para duráveis. O cliente pode exigir a substituição por um produto sem defeito, a devolução do valor pago (incluindo frete) ou um abatimento proporcional no preço.