Nazareno
	'O Dia em que Eu Me Preparei Para que Você Me Amasse', 2002, nanquim sobre papel (66x66cm) (50x17cm)

NINA RAHE
DE SÃO PAULO

Memórias, jogos e brincadeiras permeiam o universo do escultor e desenhista Nazareno. O paulistano de 48 anos, que iniciou sua carreira em 1997, é conhecido por suas esculturas em miniatura, que representam com frequência escadas e cadeiras.

A inversão de escalas torna os objetos semelhantes a brinquedos e conduz o espectador ao universo infantil com uma dose de mordacidade. Em um trabalho produzido em 2010, por exemplo, o artista registrou em fotos a destruição de uma pequena cama após atear fogo nela.

Com peças nas coleções do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, entre outras instituições, Nazareno coloca ênfase no uso da linguagem literária, associando ao desenho observações ora poéticas ora irônicas. A obra acima faz parte de uma série de trabalhos que aborda o raciocínio lógico.

O artista brinca com a dificuldade na realização de um nó na gravata, enquanto o texto que acompanha a imagem explora o aspecto subjetivo, que as áreas exatas não costumam abarcar.

*Nos 20 anos do Centro Tecnológico Gráfico-Folha, em homenagem à arte impressa, o jornal publica até sexta-feira (11) uma página diária com obras de importantes nomes do cenário artístico brasileiro.

De 12 a 19 de dezembro, as obras estarão expostas na galeria Baró Galpão em mostra gratuita (r. Barra Funda, 216, São Paulo, SP, tel. 11-3666-6489, ter. à sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 16h)