arte brasileira

Miguel Rio Branco

Miguel Rio Branco
Encourado, 1985, fotografia
Encourado, 1985, fotografia

NINA RAHE
DE SÃO PAULO

Na última década, Miguel Rio Branco participou de individuais na França, Espanha, Japão, Holanda e Brasil. Em 2010, esteve entre os artistas convidados para a 29ª Bienal de São Paulo e ganhou um pavilhão dedicado à sua obra no Instituto Inhotim, em Minas Gerais.

O trabalho do artista, nascido na Espanha e baseado no Rio de Janeiro, transita entre fotografia, cinema e artes plásticas -está no acervo do Centro Georges Pompidou, em Paris, e do Metropolitan Museum de Nova York.

Em uma de suas séries mais conhecidas, de 1979, Rio Branco fotografou a zona de baixo meretrício no Pelourinho, em Salvador, eternizando nas imagens as cicatrizes dos corpos e as ruínas de edificações. O artista de 68 anos, que tem o marginal como temática recorrente, começou a carreira expondo pinturas, em 1964.

Seus registros fotográficos, exibidos pela primeira vez na década 1970, destacam-se por elementos pictóricos, intensidade dramática e uso da cor ­-características presentes na obra acima. Sobre a imagem, produzida no sertão da Bahia em 1985, Rio Branco prefere não dizer muito: "Deixo que fale por si".

*Nos 20 anos do Centro Tecnológico Gráfico-Folha, em homenagem à arte impressa, o jornal publica até sexta-feira (11) uma página diária com obras de importantes nomes do cenário artístico brasileiro.

De 12 a 19 de dezembro, as obras estarão expostas na galeria Baró Galpão em mostra gratuita (r. Barra Funda, 216, São Paulo, SP, tel. 11-3666-6489, ter. à sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 16h)