arte brasileira

Geraldo de Barros

Geraldo de Barros
"Fotoforma", c. 1950, fotografia em papel de gelatina/prata

NINA RAHE
DE SÃO PAULO

Nascido em Chavantes, no interior de São Paulo, Geraldo de Barros (1923-1998) foi um artista um tanto quanto múltiplo. Em 75 anos de vida, atuou como fotógrafo, pintor, designer gráfico e desenhista industrial. Iniciou carreira na pintura figurativa e consolidou-se como pioneiro na arte abstrata brasileira. Participou, em 1952, da mostra inaugural do grupo Ruptura, que se posicionava contra a representação e o naturalismo predominantes.

Mais tarde, na década de 1960, o artista abandonaria o construtivismo e passaria a se interessar pela arte pop -junto a Nelson Leirner e Wesley Duke Lee, à frente da galeria Rex, ele questionou a mistificação e o circuito da arte.

Na fotografia, Barros desenvolveu, entre 1946 e 1951, a série "Fotoformas". O conjunto foi exposto à época no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na primeira mostra da instituição que conferiu à produção fotográfica o status de arte.

A obra acima, na qual a contraluz elimina detalhes e texturas, enfatizando a forma, faz parte do grupo mais abstrato daquela exposição. Exemplares da série estão Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMa.

*Nos 20 anos do Centro Tecnológico Gráfico-Folha, em homenagem à arte impressa, o jornal publica até sexta-feira (11) uma página diária com obras de importantes nomes do cenário artístico brasileiro.

De 12 a 19 de dezembro, as obras estarão expostas na galeria Baró Galpão em mostra gratuita (r. Barra Funda, 216, São Paulo, SP, tel. 11-3666-6489, ter. à sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 16h)