Quais são os celeiros que desenvolvem os atletas olímpicos do Brasil
DE SÃO PAULO
DO RIO
Um prédio em uma favela do Rio. Um oásis verde de170 mil m² encravado no meio do Jardim Europa, em São Paulo. Dois mundos diferentes, mas com uma vocação comum: produzir atletas olímpicos.
O Brasil não tem uma política ampla e disseminada de detecção de talentos, nem um sistema organizado para seu desenvolvimento, como nos EUA, em que esporte e escola estão atrelados da infância à faculdade. Assim, a missão de encontrar e desenvolver os esportistas é diluída entre diversos tipos de entidades.
A Miratus é uma delas. Desde 1998, transforma o badminton em orgulho da comunidade da Chacrinha, no Rio. Seus atletas somam 60 medalhas internacionais e podem chegar à Olimpíada.
Caminho que os esportistas do Pinheiros conhecem bem. Só em Londres-2012, eram quase 10% da delegação do Brasil.Clubes ainda são os principais celeiros de atletas do país.
"Temos 42 modalidades [olímpicas] e cerca de 25 dependem dos principais clubes. Tem uma dificuldade que é o atleta chegar ao clube sem ser sócio. Em muitos casos, o acesso é limitado. Por isso, precisamos encontrar outros formatos para aumentar a base do esporte", avalia Marcus Vinicius Freire, diretor-executivo de Esportes do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
O dirigente cita os Jogos Escolares da Juventude e o projeto 20/24, que auxilia confederações, como iniciativas para detectar e desenvolver talentos.A base tem de crescer. E quem já é realidade precisa de boas estruturas para treinar e atingir o nível olímpico.
A Folha selecionou cinco tipos de entidades que formam e desenvolvem atletas: clubes sociais, de futebol e de empresas, centros de treinamento de confederações e projetos sociais. Nas próximas páginas, você conhecerá cinco exemplos que são referência.