Congresso

Democratas devem retomar o controle do Senado, mas não da Câmara

Imagem do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos Mark Wilson/Getty Images/AFP
Prédio do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos

MARCELO NINIO
DE WASHINGTON

Até algumas semanas antes da eleição, quando o caminho de Hillary Clinton à Presidência parecia pavimentado, o Partido Democrata vislumbrava um cenário de sonho: manter a Casa Branca e recuperar as maiorias na Câmara e no Senado.

Mas o acirramento da disputa presidencial tornou mais difícil prever como ficará o Congresso a partir do próximo ano, embora pesquisas mostrem uma possibilidade real de os democratas retomarem o controle do Senado, onde hoje os republicanos têm 54 das 100 cadeiras.

A cinco dias da eleição, o site FiveThirtyEight, do estatístico Nate Silver, situava em 64,3% contra 35,7% a probabilidade de os democratas obterem a maioria do Senado —praticamente igual às chances de vitória de Hillary.

A composição do Congresso é vital para que a Casa Branca avance seus projetos, e o controle republicano travou muitas das iniciativas do presidente Barack Obama, que em várias ocasiões recorreu a ordens executivas (semelhantes a medidas provisórias no Brasil) para implementar seus planos.

O impasse atingiu o funcionamento da Suprema Corte, que desde o início do ano tem uma das vagas abertas, enquanto os republicanos não aceitam nem sequer analisar o nome escolhido por Obama.

Na Câmara dos Deputados, onde os republicanos têm 247 das 435 cadeiras, a possibilidade de virada é considerada improvável, mas as pesquisas indicam que os democratas conseguirão pelo menos diminuir a diferença.