Zika

Microcefalia

A microcefalia é uma má-formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Normalmente ela é causada por fatores como uso de drogas e radiação. Segundo o governo, na epidemia atual, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.

Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou a possível relação entre o vírus da zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. A confirmação foi possível após o Instituto Evandro Chagas, de Belém (PA), identificar a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos de um recém-nascido que morreu no Ceará. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial.

O Ministério da Saúde deixou claro, no entanto, que ainda há muitas questões a serem resolvidas. Uma das questões é como ocorre exatamente a atuação da zika no organismo humano e a infecção do feto. Também não se sabe ao certo qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial do governo, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

COMO O VÍRUS AFETA O CÉREBRO DO FETO

A principal hipótese é que o vírus cause uma inflamação nos vasos sanguíneos e no tecido cerebral, o que leva à atrofia. Há uma alteração no cérebro deixando-o com aspecto liso. Depois aparecem calcificações e dilatações dos ventrículos laterais e, por fim, a microcefalia.