Não falta apuração de casos de estupro, diz gestão Alckmin
DE SÃO PAULO
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública não existe falta de infraestrutura para a investigação dos casos de estupro no Estado.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) informa que as 132 delegacias da mulher atendem em todo o Estado de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. A Coordenadoria das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) afirma que o registro de ocorrências de violência contra a mulher pode ser realizado em qualquer DP e diz que todos os policiais estão "estão aptos a realizar esse atendimento."
Além disso, os registros de ocorrências de violência contra a mulher podem ser realizados em qualquer distrito policial. Todos os agentes estão aptos a realizar esse atendimento, assegura o governo. Segundo o Estado, os policiais recebem treinamento específico durante a formação.
De acordo com a Superintendência da Polícia Técnico-Científica, o colposcópio (equipamento para análise de ataques sexuais) não é essencial para verificar os crimes.
O fundamental, segundo a instituição, é o exame sexológico -procedimento em que o médico legista busca constatar a existência de conjunção carnal. Seja por meio do exame do hímen, seja pela pesquisa de espermatozoides no canal vaginal. O teste de gravidez também é feito.
Todos esses exames, segundo o governo estadual, são realizados por todas as unidades do IML do Estado. No caso específico da capital, para evitar o constrangimento das vítimas, elas contam com o programa Bem-Me-Quer, salienta o governo.
Essa ação prevê assistência social, psicológica e de saúde para as vítimas de estupro. A vítima que registra o crime em uma delegacia da mulher é levada ao hospital em viatura descaracterizada. Também é possível ir diretamente à unidade de saúde para receber o atendimento.
A Polícia Científica diz que está "providenciando todas as adequações necessárias para regularizar o AVCB (auto de vistoria do corpo de bombeiros) das unidades em todo o Estado. O IML diz ainda que está trabalhando para adequar suas instalações junto a Vigilância Sanitária.
PATRULHA
Na quarta-feira (1º), o secretário da Segurança Pública do Estado, Mágino Barbosa, anunciou que estuda ampliar o patrulhamento nas regiões em que há maior incidência de violência doméstica e crimes sexuais.
A Secretaria da Segurança Pública destaca que 70% dos estupros em São Paulo têm autoria identificada pela vítima. Por isso, de acordo com a pasta, as delegacias da mulher estão trabalhando para prender esses criminosos.
De janeiro a abril deste ano, foram esclarecidos 22,01% dos casos de estupro consumado no estado.
Todas essas ações, ainda segundo o governo, são responsáveis pela queda de 2,59% no número de estupros no Estado nos últimos 12 meses (maio de 2015 a abril de 2016), em comparação com o período anterior.