Candidatos

João Doria (PSDB)

Quais ações e projetos culturais funcionam bem hoje na cidade?

A Virada Cultural é um bom projeto e vai ter continuidade. Nós vamos inclusive ampliar e multiplicar em todas as regiões. Teremos as viradas nos bairros, que vai acontecer em cada bairro, com frequência, permitindo assim que a população dos bairros possa ter espaço e campo para expressar suas manifestações de arte através da música, do teatro, da dança, das artes plásticas, de movimentos populares em praças públicas. Com isso vamos amplificar a boa iniciativa da Virada Cultural em toda a cidade.

Quais funcionam mal?

Os projetos não chegam a toda a população. Prefiro nem me ater a críticas específicas porque o trabalho é tão inexpressivo que nem merece uma análise. Praticamente não existe. Está abaixo da crítica.

Como pretende melhorar o que acredita que funciona mal?

Primeiro, fazendo o que não foi feito. A política cultural da Prefeitura é muito ruim, muito distante e sem expressão. A cidade quase não conhece projetos de expressão na área da cultura. A Virada Cultural é um projeto que a Prefeitura manteve da gestão José Serra (PSDB). A gestão atual teve o bom senso de preservar no calendário da cidade, pois é um sucesso. O que nós vamos fazer também, além de ampliar a Virada Cultural e estendê-la aos bairros é fazer uma integração com as Fábricas de Cultura, que são administradas pelo Governo do Estado e funcionam muito bem. Elas serão mais integradas aos programas culturais do Município, para permitir uma frequência ainda maior de pessoas nos bairros. E vamos também desenvolver mais projetos em comum acordo com as Fábricas de Cultura e que possam extrapolar os limites desses centros culturais e levados para toda a cidade.

Outro projeto que vamos desenvolver são as Ruas Musicais de São Paulo. Vamos resgatar uma iniciativa que já desenvolvemos na década de 1980 (na presidência da Paulistur, de 1983 a 1986, na gestão Mário Covas), com ruas dedicadas a estilos de música brasileira de raiz, como a Rua do Choro, a Rua do Samba, Rua do Forró, Rua do Carnaval, Rua do Sertanejo, em diferentes bairros da cidade e de acordo com as características da população e o que ela deseja como manifestação cultural.

A Secretaria Municipal de Cultura tem R$ 501 milhões de orçamento em 2016. Essa fatia é suficiente?

Acredito que sim, e o que vamos fazer é agregar o apoio do setor privado para iniciativas culturais de envergadura e também para aquelas que serão capilarizadas nos bairros da cidade. A cultura tem a capacidade de atrair o interesse de patrocinadores privados, com ou sem incentivo, e é exatamente isso que nós vamos fazer para multiplicar o investimento sem onerar os custos para a Prefeitura de São Paulo. Fazendo com mais eficiência, melhor resultado e menor custo.

Caso seja eleito, o candidato já tem nomes prováveis para assumir a Secretaria Municipal de Cultura?

Ainda não, mas certamente será um nome vindo da cultura e com comprometimento com a cultura, além da capacidade gestora. Capacidade de ser um bom gestor, e não apenas um bom formulador. Formulação nós já temos bastante, nos conselhos de cultura e instâncias que já existem e podem ser valorizados. Nós precisamos é de executores de políticas culturais.