CHANCE DE OURO

A um ano dos Jogos, Brasil vê perspectiva recorde de pódios

DE SÃO PAULO

Restam 366 dias para que os atletas brasileiros encarem o maior desafio de suas vidas esportivas. Os Jogos do Rio, que começam em 5 de agosto de 2016, será uma chance de ouro para o brilho inédito do esporte olímpico do país.

A expectativa inclui tanto atletas consagrados, como o ginasta Arthur Zanetti, 25 -campeão de tudo nas argolas e que tentará o bi olímpico-, quanto para jovens em ascensão como o canoísta Isaquias Queiroz, 21, destaque no Pan de Toronto, em julho.


Eles estão entre as maiores esperanças de pódio na Rio-2016, ao lado dos nadadores Cesar Cielo e Bruno Fratus, da saltadora Fabiana Murer, dos times de vôlei (quadra e praia), da judoca Mayra Aguiar e da dupla Martine Grael/Kahena Kunze, da vela.

Embora em baixa, a seleção de futebol também está entre as favoritas para ganhar o ouro olímpico -única grande conquista que não tem- e uma oportunidade, igualmente dourada, de se redimir, diante dos brasileiros, do vexame na Copa de 2014.

Todos farão parte do contingente superior a 400 atletas da delegação brasileira nos Jogos do Rio, a maior da história olímpica brasileira.

Top 10

A equipe terá a responsabilidade de cumprir a meta inédita fixada pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil): ganhar de 27 a 30 medalhas e se colocar no "top 10" dos países com mais pódios, coisa que o Brasil nunca conseguiu.

Seria um salto significativo em relação à última edição olímpica, em Londres-2012, quando o Brasil conseguiu 17 láureas -três de ouro, cinco de prata e nove de bronze- e ficou em 22º lugar no pódio.

Desde a última Olimpíada, o Brasil avançou: somou mais medalhas em Mundiais ou torneios equivalentes na comparação com os ciclos anteriores. Mas ainda resta saber se isso será suficiente. No Pan de Toronto, o Brasil igualou a performance da edição anterior (Guadalajara-2011), com 141 medalhas, mas teve menos ouros.

A Rio-2016 também servirá para saber se o investimento feito pelo COB e pelo governo federal se materializará em pódios. O comitê do país terá, ao final deste ciclo, destinado mais de R$ 700 milhões na preparação, outro número também recorde.

O governo federal, que tem ajudado a bancar obras olímpicas, criou incentivos como Bolsa Pódio, para atletas de ponta -entre os 20 melhores de suas modalidades.

O cronômetro não para, e o desafio se aproxima.